Com recorde de recursos para crédito imobiliário e juros baixos, com a Selic em 2% ao ano, o mercado está favorável para comprar um imóvel. Nesse cenário, o volume de financiamentos para aquisição de imóveis deve crescer 12% este ano, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), os imóveis de médio padrão, com valores a partir de R$ 240 mil, estão entre os mais beneficiados pela captação de crédito por meio da poupança. De janeiro a julho, foram captados R$ 87,9 bilhões, um recorde desde o Plano Real, em 1994. No primeiro semestre, foram contratados R$ 34,1 bilhões em operações para compra de imóveis pelo SBPE e outros R$ 9,2 bilhões para construção. Em julho, 54% dos recursos para financiamento imobiliário vieram da poupança.
A queda das taxas de financiamento de 11% para 7% ao ano também contribui para aquecer o mercado. Cerca de cinco milhões de novas famílias estão aptas, atualmente, a financiar um imóvel.
Momento de aproveitar o crédito imobiliário
Como o consumidor ainda está cauteloso com gastos, as construtoras estão apostando em promoções. O objetivo é aumentar as vendas no segundo semestre, já que, segundo o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) Luiz França, nunca se teve tanto recurso para os bancos financiarem.
De acordo com ele, nos últimos dez anos, a valorização dos imóveis ficou acima dos juros básicos. Por isso, neste momento, comprar uma casa ou apartamento, para morar ou como opção de investimento, é a chance de aproveitar juros historicamente baixos e os recursos do crédito imobiliário. Na prática, a negociação pode render boas surpresas: um imóvel que seria alugado por R$ 2.400, por exemplo, pode ser comprado com prestações de R$ 2.280, 5% a menos que o aluguel.
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